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quarta-feira, 23 de abril de 2008
Futebol Jovem - Lei de transferências
Hoje venho falar da lei que em vigor nesta época de 2007/2008, relacionada com as transferências de jogadores menores de 14 e que veio alterar, de forma substancial, a postura dos dirigentes desportivos.

Esta lei poderá ter duas leituras diferentes, a de um clube “grande”, claramente beneficiados (quem será que fez esta lei?) e a visão dos clubes “pequenos”.

Com esta nova lei, os chamados clubes grandes conseguem, facilmente, adquirir os jogadores dos clubes pequenos sem que haja lugar a qualquer indemnização, basta o acordo com o encarregado de educação. Assim, os clubes formadores, deixam de receber a verba a que tinham direito, anteriormente, pela formação do atleta. Será então esta nova lei justa?

Os clubes grandes e as pessoas que concretizaram esta lei defendem-se, dizendo que numa futura transferência os clubes que os formaram têm sempre direito a uma percentagem e assim serão compensados, dando o exemplo do Real Massamá e a verba que recebeu com o Nani na transferência para Manchester. Ora todos nós sabemos que grande parte dos jogadores que chegam aos juniores dos grandes não conseguem sequer chegar às equipas principais, assim, a hipótese de os primeiros clubes responsáveis pela formação dos atletas receberem alguma compensação é muito reduzida. Será que assim é viável continuar a investir na formação?

Eu sou da opinião que sim embora entenda que cada vez se torna mais difícil para os clubes pequenos, muitos deles vivem dessas verbas que recebem pelas transferências dos seus jovens, lembro-me do caso do núcleo de Sintra e da verba importante que recebeu com a transferência do atleta Estrela para o SL Benfica. Clubes destes têm uma grande importância a nível social e assim muitos deles correm o risco de acabar, deixando muitos jovens sem a possibilidade de praticar desporto.

Claro que se um dirigente de um clube grande vier falar desta mesma lei vai dizer que é a mais correcta, que assim os clubes pequenos já não dificultar a transferência dos seus atletas para uma realidade melhor e pedir verbas elevadas. Se esta lei é assim tão boa porque se fazem pactos de não agressão entre os clubes grandes para não se tentar contratar jogadores aos rivais?

Concluindo esta lei, na minha opinião, reflecte a realidade do nosso país, os grandes cada vez mais grandes e os pequenos cada vez mais pequenos...
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Até para a semana
Ricardo Damas

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