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terça-feira, 13 de maio de 2008
Balanço do campeonato por Pedro Magalhães

Os Mestres do Futebol decidiram compor uma pequena análise sobre a classificação final da edição 2007/2008 da Bwin Liga, tal como no ano de 2007 aquando da estreia do blogue.

Mais uma vez o FC Porto foi campeão. Esta época foi uma equipa mais dominadora. Podemos observar, através da tabela classificativa, que conseguiu uma margem de 14 pontos em relação ao segundo classificado. E, não fosse o Apito Final, a equipa do Porto tinha ainda mais pontos de avanço. Vemos também que foi, de uma maneira clara, o melhor ataque e a melhor defesa do campeonato.

Com um domínio tão avassalador, pouco mais se pedia aos restantes ‘’grandes’’, que uma luta pelo lugar dois da classificação. Neste prisma, entra uma nova equipa. Acabado de chegar da Liga de Honra, o V. Guimarães impingiu o seu pragmático futebol. Com um bom plantel e um treinador no auge, os «vimaranenses» mostraram-se como uma das grandes surpresas deste campeonato. Sereno, Geromel, Flávio Meireles, Ghilas e Desmarets revelaram-se os melhores nesta equipa…

Juntamente com a equipa do berço na briga, os rivais de Lisboa não tiveram tarefa fácil. Mas neste ângulo, o Sporting, ao invés do Benfica, fez uma boa época, vendo em conta o seu orçamento. A maioria dos reforços veio por empréstimo ou por custo zero. Á equipa pedia-se, minimamente, o terceiro lugar. Adequava-se bem aos custos do clube. E, embora a certa altura o quinto posto fosse já uma realidade, Paulo Bento contou com a sorte e com o rejuvenescido Yannick Djaló, que deu bastantes pontos aos «leões». Segundo melhor ataque e segunda melhor defesa. Merece os parabéns. Considero Yannick, Pereirinha, Grimi e Vukcevic os grandes assombros desta temporada leonina.

A grande desilusão da época: Benfica. Investiu 25 milhões de euros em contratações e acabou em quarto lugar, sem qualquer título conquistado. A péssima gestão de Luís Filipe Vieira notou-se logo, quando demitiu Fernando Santos á primeira jornada. A inconstância da transferência de Simão foi outro factor que condicionou o balneário. Ao fim é fácil falar, mas achei péssimo o timing da saída de Camacho. O adjunto Chalana não podia dar conta do recado, e o resultado está á vista: Camacho deixou o Benfica em segundo e com hipóteses de alcançar a final da Taça enquanto Chalana deixou os «encarnados» em pleno quarto posto e a Taça, essa, ficou-se pelas meias.


Descendo pela tabela, encontra-se a sempre expectante luta pela Taça Uefa. Pelo orçamento, esperava-se que o Braga atingisse, de novo, o 4º/5º lugar. Tal não aconteceu e aqui chegam as agradáveis surpresas. Salta logo á vista o V. Setúbal. Carlos Carvalhal é, sem dúvida alguma, perito a trabalhar com baixos custos e conseguiu montar uma grande equipa com pouco dinheiro. Elias, Robson, Ricardo Chaves são jogadores baratos e as incontornáveis figuras da época, Pitbull e Eduardo, são emprestados. Com uma equipa ‘’baratinha’’ o Setúbal partiu para uma época simplesmente soberba e o seu futebol foi, a par do FC Porto, o melhor da liga.
Temos depois o Marítimo, que sempre nos habitou a excelentes épocas. Lazaroni foi o mentor, e apesar de uma conturbada fase, os «verde-rubros» fizeram uma boa época, alcançando um fantástico quinto posto.

O desafio da UEFA era também para o Belenenses. Com as peça-chave da temporada transacta, Jorge Jesus garantiu o oitavo posto e só o «Caso Meyong» impediu a «cruz de Cristo» sonhar mais alto.

Passo agora para a luta pela permanência. Aqui percebeu-se desde cedo que a U. Leiria não ia longe. O bom ataque não foi capaz de suster a péssima defesa da equipa da cidade do liz.
Depois estavam envolvidas cinco equipas: Paços de Ferreira, Leixões, Est. Amadora, Académica e Naval.

A Académica foi feliz na contratação de Domingos Paciência. O «mister estudante» teve realmente uma grande Paciência para lidar com os seus jogadores que, desde cedo, revelaram falta de cooperação. Quando a equipa se tornou mesmo uma equipa, começaram a chegar os bons resultados.
Ao Leixões pedia-se mais. Uma boa massa associativa e uma direcção com responsabilidade financeira deviam ser suficientes para os homens de Matosinhos sonharem com mais.

Ao segundo despromovido, Paços de Ferreira, não se esperava muito mais. O baixo orçamento notou-se, e de que maneira, e os «castores» com um mau plantel fizeram uma razoável campanha, tendo em vista que lutaram até á última jornada pela permanência. O Apito Final ainda os pode manter no escalão principal do futebol português e sinceramente, assim o espero…

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