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segunda-feira, 12 de maio de 2008
CAUSAS E CONSEQUÊNCIAS: Competitividade e fluidez entre Superliga e Liga de Honra
Um campeonato que se quer competitivo vive acima de tudo das possibilidades e da atractividade dos seus intervenientes. Assim, quando temos grandes discrepâncias entre os seus participantes tendemos a ter um fosso demasiado alargado de competitividade que origina uma quebra de interesses.

Um dos factores que origina desequilíbrios é sem dúvida a questão financeira. Ora, a realidade em Portugal promove que esta questão seja empolada pelos direitos televisivos – a maior fonte de receitas dos clubes Portugueses, especialmente visível nos pequenos e médios clubes.

O País não tem população suficiente para manter os seus estádios cheios, ao contrário do que acontece com Inglaterra ou Alemanha, por exemplo, países com populações muito superiores às nossas. Assim tirando Porto, Benfica, Sporting e Guimarães, as assistências, regra geral, são muito insuficientes para garantir receitas atractivas. Resta a televisão.

Ora, os jogos televisionados são actualmente os da primeira liga. E com esta reduzida a dezasseis clubes, oito jogos por semana, cerca de seis são transmitidos na televisão. A liga de honra tem apenas direito a um jogo por semana. Por aqui se verifica que os clubes que militam no primeiro escalão têm uma situação actualmente privilegiadíssima em relação a direitos televisivos. Não admira, portanto, que a descida de divisão de um clube possa ser um prenúncio de morte desportiva. A subida de outro pode ser uma alegria imensa e um renascer de esperança.

Assim, no interesse de todos sobreviverem e não apenas uns quantos se eternizarem, e mais, promovendo a variedade e a competitividade, quer no fundo da tabela, quer no cimo da outra, era de todo o interesse uma maior fluidez entre Superliga e liga de Honra. A solução mais simples e viável seria o duplicar de vagas. Desciam quatro por ano e subiriam quatro. Uma dinâmica competitiva muito interessante. Uma luta de morte até final em ambas as ligas e resultados, talvez, surpreendentes na gestão futura dos clubes – os da liga de Honra por saberem que teriam mais hipóteses de passar mais tempo entre os grandes, aumentando as suas receitas, os outros por saberem que podem cair facilmente no abismo, mas também sabendo que caindo, têm mais hipóteses de tornar a subir em vez de ficarem logo “condenados” a uma penosa extinção.

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