29 de Janeiro de 1989. Jogava-se um Sp. Braga-Boavista e a Liga portuguesa assistia à estreia de um jovem de 17 anos, então apenas uma promessa. Pouco menos de 20 anos depois, João Vieira Pinto coloca oficialmente um ponto final na carreira. A despedida está marcada para as 13h15 desta terça-feira.

Meses depois da estreia João Pinto vivia o seu primeiro momento de glória, ao conquistar o título mundial de sub-20 em Riade. Repetiria a vitória dois anos depois, em Lisboa, ao lado daquela que ficou conhecida como «Geração de Ouro» e de que ele foi uma das grandes referências.

Foi nesse intervalo que tentou a sua única experiência no estrangeiro. As coisas não correram bem no At. Madrid e voltou ao Boavista, a tempo de ganhar uma Taça de Portugal. Seguiu-se o Benfica, o clube onde esteve por mais tempo, entre 1992 e 2000. Foi com a camisola «encarnada» que fez a exibição que entrou directa para a galeria dos mitos, na vitória por 6-3 em Alvalade.

Foi campeão nacional nessa época, 93/94, seguiram-se anos conturbados na Luz, até ser dispensado pelo então presidente João Vale e Azevedo, em 2000. Só voltaria a conquistar o seu segundo e último título português em 2002, já com a camisola do Sporting, a jogar e assistir para Jardel marcar.

Pelo meio foi presença obrigatória na Selecção, até ao Mundial 2002. O soco no estômago do árbitro Angel Sanchez representou o fim antecipado da carreira internacional. Primeiro esteve suspenso, depois nunca mais foi chamado. Para trás ficavam 81 jogos com a camisola de Portugal.

Em 2004 acabou por regressar ao Boavista, seguiu-se o Sp. Braga. Em Fevereiro deste ano rescindiu com o clube, aquele que curiosamente foi seu adversário na estreia, e assumiu que não voltaria a jogar em Portugal. Surgiram algumas hipóteses para emigrar, mas aos 36 anos João Pinto acabou por decidir que estava na hora de parar. Ponto final.

fonte: maisfutebol



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