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segunda-feira, 7 de julho de 2008
CAUSAS E CONSEQUÊNCIAS: Da Credibilidade do Sistema
A credibilidade no mundo do futebol Português já não é o que era. Ou na realidade, é o que sempre foi, apenas mudando as balanças?

O problema da credibilidade de um sistema que se rege por cores é a impossibilidade de vedar as cores a essas mesmas partes. Isto é, no caso concreto do futebol Português, desde sempre três cores reinaram em profunda maioria: o vermelho, o verde e o azul. Qualquer paixão por outra cor será meramente residual e estatisticamente irrelevante.

O que isto nos traz é que qualquer interveniente no jogo estará condicionado e contaminado por uns óculos dessa mesma cor. Assim, quer seja árbitro, fiscal de linha, jogador, dirigente, empresário, membro de um conselho de justiça, estará sempre afectado por esses mesmos óculos em maior ou menor grau.

A questão que se impõe será sempre: o que fazer quando é necessária completa isenção, isto é, ser capaz de formular um juízo que possa ir contra uma determinada cor, com base apenas em factos e não em paixões?

Há duas possibilidades: ou cremos que a isenção é possível e que as pessoas são capazes de despir as suas cores e nesse caso confiamos no sistema, não o pomos em causa e ele funciona, ou então entramos num clima de suspeição tal que ele é permanentemente sabotado e inviável.

Escusado será dizer em qual dos extremos está o futebol Português. O sistema em que está alicerçado simplesmente não funciona, desde há muitos anos. Os azuis desconfiam e têm razões para isso dos vermelhos e verdes. Os verdes criticam os vermelhos e azuis. E os vermelhos disparam contra os azuis e verdes. Todos ralham e ninguém tem razão. O sistema está, à partida, ferido de morte. Quer seja para arbitrar um simples jogo, quer seja para decidir sobre uma pena a aplicar em justiça.

Solução? Não haverá muitas, mas compreendendo que é impossível haver isenção nas cores portuguesas só chamando partes desinteressadas totalmente. Como se resolveu o problema dos compadrios na Selecção Nacional? Chamando um treinador estrangeiro. E resultou. Por isso: árbitros e juízes estrangeiros seria um começo, resta saber se é viável e desejável.

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