Após merecidas férias eis que retorna também esta habitual rubrica.
Hoje retoma-se uma discussão há muito em foco no futebol Português: o recurso aos meios audiovisuais como auxiliares da arbitragem.

Está mais que visto que só assim se conseguirá limpar a imagem do futebol, pelo menos nos mais altos escalões. Se é verdade que nem todos os campos têm condições para serem televisionados, a verdade é que pelo menos os encontros de primeira liga e das taças Europeias têm boa cobertura. E nestes, onde as consequências de um erro são porventura mais nefastas, urge a entrada em vigor destes meios.

Nós pagamos para ver o espectáculo dentro das quatro linhas. Para ver um avançado falhar, um guarda-redes dar um frango. Mas não para um árbitro falhar. Muito menos um fiscal de linha. Situações de fora-de-jogo, bolas na linha de baliza, penalidades, faltas grosseiras, são claramente possíveis de seguir pelo quarto árbitro por uma televisão e através dos comunicadores em tempo real serem transmitidas ao árbitro da partida. Quão fácil teria sido dizer ao árbitro “o golo do Roberto é legal” e corrigir-se uma injustiça tremenda que tirou o Guimarães da liga dos Campeões? Quão fácil é garantir “Sim, o golo do Benfica atravessou mesmo a linha de baliza. É válido está descansado” e deixar todos tranquilos? Muito. Nas situações de dúvida televisiva, deixa-se tudo como está. Cabe ao árbitro decidir como viu. Os meios são para ajudar e não para atrapalhar. Corrigir-se-iam muitas injustiças e prevenia-se a corrupção. Árbitro protegido de errar grosseiramente é árbitro fiável e insuspeito.

Do que é que ainda estamos à espera?