Caberá talvez a médicos e fisiatras saber explicar estes fenómenos, contudo não posso deixar de esta semana deixar este assunto no ar: as paragens e os tempos de descanso.

Alguns vaticinaram que a paragem do campeonato por três semanas e o súbito reinício da competição em provas Europeias seria prejudicial aos clubes devido à falta de ritmo competitivo. Para o Porto e Braga correu bem. E aos outros notou-se frescura física. Mais que aos adversários, nomeadamente Nápoles, Porthsmouth e Valência que pareceram quebrar no fim. Infelizmente tal não foi devidamente aproveitado pelas equipas lusas.

No entanto, é possível verificar que 48 horas (72 no caso do Porto) depois, as mesmas equipas de volta ao campeonato Português apresentaram rendimento miserável: Marítimo e Porto apenas empataram. E Braga e Setúbal perderam contra adversários de menor gabarito. Deu a clara sensação que as equipas não conseguiram recuperar do esforço a meio da semana contra equipas que estavam completamente frescas. Benfica e Guimarães tiveram direito a um dia extra de descanso. Será que o vão aproveitar? Será suficiente para não aparecerem tão debilitadas? Será que as nossas equipas só conseguem tirar rendimento efectivo a jogar apenas uma vez por semana? Se assim é, então dificilmente chegaremos a algum lado.