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sábado, 13 de setembro de 2008
HÁ 28 ANOS, EM MARSELHA
Esta tarde, por puro acaso, revi a parte final do jogo França-Portugal, das meias-finais do Campeonato da Europa de 1984, que decorreu em França. Contas feitas, há um pouco mais de 24 anos. Os portugueses que gostam de futebol e que seguiram esse campeonato jamais esquecerão a grande exibição de Portugal no Vélodrome. Por sorte estava lá, como jovem enviado especial (22 anos) da "Gazeta dos Desportos", um jornal desportivo que fechou as portas em Dezembro de 1995 mas que enquanto saiu para as bancas foi sempre um bocadinho diferente dos outros, vivendo com meios inferiores aos de Record e A Bola. Mas essa é outra história! A de hoje - na resposta a um honroso convite para escrever nos "Mestres" - tem sobretudo a ver com as memórias desse jogo histórico que Portugal teve na mão, tendo tido duas boas oportunidades, no prolongamento, para fazer o 3-1 e matar a França de Platini. Os "Patrícios" eram uma espécie de escol e penso que nunca o futebol português teve tantos e tão bons pontas-de-lança ao seu serviço: Jordão, Nené e Gomes. Para além deles, Bento na baliza, Eurico e Lima Pereira no eixo da defesa, Sousa e Frasco no meio-campo e, claro, o pequeno genial (assim chamado pelo grande José Neves de Sousa), Fernando Chalana. Pouco importava, com esta qualidade futebolística, o facto de termos 4 treinadores, com Fernando Cabrita pretensamente como chefe da "comissão técnica". Só 20 anos depois, em 2004, Portugal viria a ter uma hipótese tão boa de ser campeão europeu, embora a jogar em casa... A França ganhou esse Europeu - com um frango de Arconada no Parque dos Príncipes, no dia em que comi o paté mais caro da minha vida (foi premonição) - e isso é que ficou para a história. Como há imagens do "tal" jogo, confesso que fiquei apalermado quando vi Portugal a sofrer o 2-2 a poucos minutos do fim do prolongamento e a ir à procura do golo da vitória. Que atitude! A França lá marcou, por Platini, a bola foi ao centro, corria o último minuto do prolongamento, e Portugal faz um último ataque. Jordão, salvo erro, isola-se na direita, é uma jogada extremamente prometedora e priiiiiiiii, o árbitro apita para dar o jogo por concluído. Assim terminava uma saga que podia ter continuado, dois anos depois, no Mundial do México, sobre o qual, se quiserem, também posso contar umas histórias. Ninguém me tira da cabeça é que aquela equipa de 84 foi a melhor selecção portuguesa de todos os tempos, mesmo superior à de Inglaterra/66.

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