O SP. Braga saiu derrotado do seu jogo com o gigante AC Milan, por 1-0, num encontro a contar para a 2ª jornada da fase de grupos da Taça UEFA. Apesar da derrota, os ''minhotos'' foram enormes e poderiam ter saído de San Siro com um empate ou até com uma vitória. Cruel, este futebol.

O Braga parece querer mudar a mentalidade das equipas portuguesas na Europa, que sempre nos habituaram a adaptações constantes, a remendos defensivos e posturas conformistas nas visitas das suas equipas a Barcelona, Madrid, Londres, Manchester, Milão e por aí fora. Isto porque, mais uma vez, os arsenalistas estiveram fantásticos na forma como abordaram o jogo, não alterando nada no seu losango e com os dois avançados com olhos postos na baliza de Dida.

A formação transalpina apresentou-se sem um punhado de titulares, com Kaká à cabeça, mas reservava uma parada de estrelas na segunda linha. O jovem Alexandro Pato evoluía pela direita, procurando alimentar os goleadores Inzaghi e Shevchenko. No papel, este tridente atacantes era temível. Na prática, a defensiva do Sp. Braga chegou para as encomendas e vacilou apenas no tal cabeceamento de Inzaghi, ainda na etapa inicial, ligeiramente por cima.

Antes, durante e depois, houve mais Sp. Braga. Rentería, no seu jeito nem sempre ortodoxo, deu-se bem com Senderos e aproveitou a falta de velocidade do internacional suíço para ameaçar a baliza do AC Milan. Ao quinto minuto de jogo, o colombiano fugiu pela primeira vez mas apresentou a lacuna de sempre. O remate saiu torto, às malhas laterais. À meia-hora, vestindo a pele de assistente, Rentería voltou a trocar as voltas a Senderos, serviu César Peixoto e este obrigou Dida e uma defesa miraculosa. Milão em choque. A toada manteve-se ao longo do encontro, sem quebras arsenalistas.

O AC Milan, do outro lado, parecia atordoado. Carlo Ancelotti tentava agitar a partir do banco mas a equipa deixava passar o tempo sem cheirar o golo. Inzaghi teve uma oportunidade soberana e pouco mais. Na segunda vaga, perante o enorme zero no marcador, entraram os consagrados Ronaldinho Gaúcho e Seedorf. E assim sendo, numa recta final fatalista, enfim profundamente italiana, o Sp. Braga assustou, olhou para o cronómetro com um sorriso e imaginou a festa. E então, ao minuto 93, Gattuso intromete-se entre Moisés e Luís Aguiar, a bola sobre para Ronaldinho, bomba e já está.



algumas passagens retiradas de: maisfutebol.iol.pt

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