Esta noite, o Sp. Braga foi afastado da Taça UEFA pelo PSG, de França, por 1-0, deixando mais uma vez a ideia de que o futebol é um desporto imprevisível, já que os ‘’minhotos’’ demonstraram, ao longo dos 180 minutos, que poderiam fazer história.

Escrevo estas linhas com tremenda tristeza, já que nutro algum carinho pelo Braga e sofri bastante com este último jogo. Quando Hoarau, depois de falha de Eduardo, cabeceia para o fundo das redes, não mais falei até ao terminar do jogo.

Mas o propósito desta modesta crónica é fazer ver que o Braga foi uma equipa assombrosa em todos os aspectos, ao longo, não só de uma, mas de duas competições, uma das quais até venceu, a Taça Intertoto.

Jorge Jesus montou uma grande equipa, que, se bem me recordo, não fez um único jogo mau na UEFA, e mesmo quando perdeu, por exemplo em San Siro, com o AC Milan, deixou uma óptima impressão. Uma defesa extremamente segura, com João Pereira e Evaldo a serem laterais exemplares para o losango, com centrais (foram 4 que competiram no total) a cumprirem excelentemente a sua tarefa. No meio-campo, Vandinho evidenciou a qualidade de passe que já há muito lhe é reconhecida e foi peça importante. Nos vértices laterais, Alan e César Peixoto deram largura suficiente ao jogo bracarense, não esquecendo também o seu apoio à defesa. Depois, o segredo de Jorge Jesus: Luís Aguiar. O médio uruguaio dispensado por Jesualdo Ferreira, tornou-se no ‘’playmaker’’ da equipa, e para além de fazer jogar, também marcou 6 golos, sendo o melhor marcador da equipa na Europa. Na frente de ataque, tanto Renteria, Paulo César, Meyong e até Orlando Sá, revelaram-se ‘’quebra-cabeças’’ para as defesas adversárias.

Um Braga que jogou bom futebol, que deu o máximo até ao último minuto, que honrou Portugal. Verdadeiros Guerreiros do Minho!!

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