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terça-feira, 7 de abril de 2009
Champions League - Man Utd vs. Porto 2-2


Enquanto no campo do submarino amarelo golos de belo efeito de Senna e Adebayor enfatizaram uma partida disputada e respectivo empate, 1-1, entre Villarreal e Arsenal; No teatro dos sonhos, o fantasma de Costinha augurava mais um feito para os dragões que praticava um futebol delicioso, com excepção dos primeiros 25 minutos da segunda parte. Assim, F.c. do Porto foi conquistar um empate a 2 bolas no campo do Manchester United e ficou no ar a sensação que se o 12º jogador tivesse um pouco mais de coragem, teria marcado aquela falta a Hulk quando o jogo favorecia a consistência dos dragões…

Quando o Manchester pensava ter pintado o mesmo quadro que desenhou no fim-de-semana frente ao Aston Villa quando venceu por 3-2 após recuperação fenomenal, foi o Porto que deu a provar do próprio veneno dos Red Devils com o golo de Mariano ao cair do pano na mesma baliza que em 2004 Costinha gelou Manchester.

O Porto terá sido a equipa esta temporada e porventura nas últimas épocas que saiu de Old Trafford com um registo mais ofensivo que os homens da casa contabilizando 18 remates contra 14 sendo que 9 foram à baliza e o Man Utd enviou 8 remates na mesma perspectiva. Cantos 8 contra 4. A maior diferença, potencialmente, poderá residir no facto de, enquanto que, o Man Utd acertou 428 passes, o Porto só o fez por 234 ocasiões. Reflectindo ainda um pouco mais a estatística e a razão pela qual o Porto jogou uma partida mais consistente que o Man Utd, que tem aparecido muito nervoso nas últimas partidas, foi o facto de o Manchester ter tido o dobro dos passes errados do Porto, no caso, 88 passes falhados. Posse de bola terá sido 62%-38% United-Porto, muito por culpa do período mais forte do Manchester quando entrou para a segunda parte.

O jogo acabou por ser decidido através da perspicácia de cada um dos treinadores, deixando mais contente o técnico português, Jesualdo Ferreira, dado que a cartada de Mariano potenciou o golo, ainda que na mesma medida que a substituição de Scholes por Tevez.

Jesualdo conseguiu montar o seu xadrez de forma a anular os jogadores mais perigosos do Man Utd, e foi, imprevisivelmente, dos pés da sua própria linha defensiva, no caso, Bruno Alves, que acabou por deitar a perder numa partida infeliz do internacional português.

Cissokho e Fernando anularam por completo Ronaldo e Rooney, enquanto que Sapunaru não só travou Park e posteriormente Giggs, assim como conseguiu desenvolver linhas claras de ataque dos dragões.

Lucho Gonzalez ainda que tenha parecido um espectador, na prática não o foi dado que ditou o tempo de jogo do Porto e com eficácia de 98% no passe e construção de jogo.

Hulk, apesar da constância individual em demasia, levou imenso perigo e deixou Evra de rastos, na mesma perspectiva que colocava toda a defensiva do United em sentido dado a sua incorporação possante no ataque, enquanto Lisandro funcionou mais como um jogador sem bola criando espaços, e foi através dessa situação que Mariano conseguiu concretizar o tento que deu o empate ao Porto a 2 golos.

C. Rodriguez consagrou muito perigo às ofensivas do Porto dada a sua perseverança e velocidade que contribuíram como mais valia para esta partida em que os Dragões assentaram o seu jogo numa táctica desmembrada em 3-4-3 ofensiva pelas laterais com deambulações interiores e em postura defensiva o Porto jogava cerrado num 5-4-1 em que Fernando funcionava como claro destruidor de jogo e seguia de perto as movimentações frontais do Manchester quer por Ronaldo ou Rooney essencialmente.

Se Helton poderia ter sido decisivo de forma negativa na partida contra o Atlético de Madrid, comprovou as suas credenciais de guardião e efectuou defesas que garantiram este apetitoso empate em casa forasteira que prognostica uma partida mais inclinada para o Porto do que para o Manchester que acabou por não levar a cabo a supremacia de campeão europeu/mundial de clubes.

Num Porto com um futebol dominador o prémio de melhor em campo acaba por ser entregue a Hulk que segurou a defesa do Manchester United, não dando largas às subidas dos laterais como tantas vezes o fazem decidindo jogos, sem esquecer a partida de enorme classe de Fernando que congelou os ataques do United sem cometer erros.


Manchester United (4-3-3): van der Sar - Vidic, Evans (Neville 71'), O'Shea, Evra - Fletcher, Scholes (Giggs 71'), Carrick - Ronaldo, Park (Giggs 58'), Rooney

Porto (4-3-3): Helton - Bruno Alves, Rolando, Sapunaru, Cissokho - Fernando, Lucho, Meireles (Costa 78' (Madrid 90')) - Lisandro, Rodriguez (Mariano 78'), Hulk

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