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domingo, 31 de maio de 2009
As voltas da bola: Hora de balanço
O campeonato terminou e é tempo de balanço. Há duas semanas já falei da justiça do título do FC Porto, ou seja, da questão principal de qualquer competição. Porém, há muito mais para além disso. Olhar para Benfica e Sporting e ver o que falhou; as surpresas que foram Nacional, Leixões e Académica; os problemas financeiros que afectam todos; a descida do Belenenses, um histórico do futebol português. E o Paços de Ferreira chegado à final do Jamor.

Começando pelo Benfica, onde me parece que faltou o que tem faltado nos últimos tempos: estabilidade. Houve, além disso, expectativas elevadas por parte dos adeptos e dos próprios dirigentes muito por culpa da contratação de nomes sonantes como Reyes, Aimar ou David Suazo. Os primeiros meses correram bem, a equipa chegou a estar no topo. Porém, à medida que os maus resultados foram aparecendo, os adeptos encarnados perderam a paciência. A época foi um fracasso, indubitavelmente. Para a próxima, o Benfica apostará em Jorge Jesus (ao que parece). Será uma boa escolha se tiver tempo para trabalhar e não lhe for pedido o céu e a Terra. Tal como foi a Quique Flores.

O Sporting voltou a ser segundo, pela quarta época consecutiva. É uma equipa jovem, composta por muitos jogadores da formação, ou seja, tem uma política bem diferente de Benfica e FC Porto. Paulo Bento será o treinador para 2009-10, caso José Eduardo Bettencourt seja eleito presidente. Penso que é a medida mais correcta, optando por um trabalho de continuidade que poderá dar o seu fruto (conquista no campeonato) a médio prazo. A eleição de Bettencourt é mais do que certa, apesar de o outro candidato, Paulo Pereira Cristóvão, ter surpreendido ao apresentar o nome de Sven Goran Eriksson como seu treinador. A todos os níveis, continuidade é a palavra de ordem.

Destaque muito positivo para o Nacional da Madeira, Leixões e Académica. Os dois primeiros terminaram nos lugares de acesso à nova Liga Europa enquanto que os estudantes conseguiram a melhor prestação do seu historial - sétimo. Também aqui podemos colocar o Sp.Braga, sobretudo pela participação externa. Há ainda o Paços de Ferreira comandado por Paulo Sérgio, um treinador nem sempre compreendido mas que termina a época como herói depois de colocar os castores na final da Taça de Portugal - joga hoje, domingo, frente ao FC Porto. No pólo oposto, estão o Marítimo e o Vitória de Guimarães, duas equipas que começaram a época jogando na UEFA, mas não conseguiram dar seguimento àquilo que de bom tinham conseguido.

Bem pior do que isso esteve o Belenenses. O clube do Restelo ficou à deriva após a saída de Jorge Jesus para o Sp.Braga e viveu momentos muito conturbados a nível directivo e financeiro. Sucederam-se as más experiências, o resultado final foi inevitável: descida de divisão. Mais um histórico, à semelhança do Boavista, que já ganhou o campeonato português a sair de entre os melhores clubes portugueses. Faz-se acompanhar do Trofense, muito embora fosse difícil pedir muito mais à equipa de Tulipa, estreante nestas lides.

Na Liga Vitalis, Olhanense e União de Leiria foram as equipas mais fortes. Os algarvios estão, trinta e quatro anos depois, de novo no maior campeonato nacional. Os leirienses voltam após uma época de interregno após uma recuperação sensacional desde a chegada de Manuel Fernandes. O homem tomou o gosto pelas subidas...

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