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sexta-feira, 15 de maio de 2009
As voltas da bola: O tetra do FC Porto
O FC Porto alcançou na passada semana o seu quarto título seguido, o segundo tetracampeonato da sua história. Sem surpresa e com justiça. Os portistas demonstraram ser melhores do que os rivais, ou seja, tiveram aquilo a que gostamos de chamar estofo de campeão. Porém, este foi talvez a conquista mais difícil desse conjunto de quatro, iniciado por Co Adriaanse. A época foi atribulada, houve um período de crise com duas derrotas consecutivas (Leixões e Naval), algo há muito não visto. A posição de Jesualdo Ferreira esteve em risco, falou-se em substituição de treinador.

Na ideia dos adeptos portistas estavam ainda bem presentes os fantasmas de 2004-05, a pior época na última década: sucederam-se os treinadores, as más experiências e, principalmente, os maus resultados. O FC Porto não podia repetir tal desastre mas para isso era preciso paciência - sabemos que em futebol, um simples segundo, serve para que se passe de uma posição de herói para um fracasso. Os dirigentes tiveram-na e os adeptos, a mais ou menos custo, também. Esse período mau passou, a vitória em Kiev, para a Liga dos Campeões, deu um contributo tremendo. Foi como que uma injecção de confiança. A equipa renasceu, acreditou que era capaz.

A distância, que a certa altura chegou a ser de cinco pontos para o Benfica, aos poucos foi-se esfumando. Houve demérito dos adversários, sim, até porque os encarnados falharam em momentos-chave (empates com Leixões e Vitória de Setúbal cedidos nos últimos minutos, por exemplo), à semelhança do Sporting mas houve muito mérito na forma como os dragões chegaram ao topo. Foi um processo natural, quase. A partir do momento em que o FC Porto assumiu a liderança, se percebeu de que dificilmente o tetra escaparia. Quer pelo passado recente quer, sobretudo, pela crescente de forma depois de ultrapassada essa fase negra. A segunda volta foi avassaladora, com dez vitórias consecutivas fora - falta ainda o jogo da Trofa que poderá dar a décima primeira! - e uma enorme regularidade, se bem que tenham existido alguns percalços no Dragão como os nulos com Trofense e Marítimo. No entanto, não trouxeram complicações porque os adversários directos não aproveitaram. Voltando ao início: faltou esse estofo a Benfica e Sporting. Faltou regularidade.

Com tudo isto, o que se pretende dizer é que este título teve características especiais. Foi justo mas claramente diferente do anterior, em que o FC Porto chegou a Dezembro com o campeonato praticamente garantido. Este não. Porque foi preciso construir uma equipa, colmatar as saídas de pedras-chave como Bosingwa, Paulo Assunção e Quaresma. Mudaram-se os nomes, os jogadores foram obrigados a novas funções. Jesualdo Ferreira foi capaz de o fazer e tem um enorme mérito nesse aspecto. Só de pensar que Cissokho, na temporada passada, jogava na segunda divisão francesa...

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