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sexta-feira, 18 de setembro de 2009
As voltas da bola: Do doping à ronda europeia


Começo, leitor, por fazer um aparte. Deixando a bola de lado, subindo para a bicicleta: Nuno Ribeiro, recente vencedor da 71ª Volta a Portugal, acusou EPO numa análise antidoping realizada alguns dias antes do início da maior prova do pelotão velocipédico nacional. Não é, de todo, uma novidade no desporto mas é sempre triste quando assim sucede. Surpreendeu-me que tenha acontecido com Nuno Ribeiro, confesso-lhe. Seja como for, aquilo que parecia uma vitória de garra e uma prova de força e qualidade de um ciclista é, na realidade, um resultado falseado. Um golpe bem duro numa Volta a Portugal já de si frágil.

Após isto, importa olhar para a jornada europeia das equipas portuguesas. Na Liga dos Campeões, o FC Porto defrontou, em Stamford Bridge, o Chelsea. Apesar da derrota, os portistas deixaram uma boa imagem, sobretudo pelo que fizeram nos vinte minutos finais. Importa, quanto a mim, referir um aspecto importante: as alterações que Jesualdo Ferreira promoveu ao colocar Guarín, Rodríguez e Mariano nos lugares, seguindo a ordem, de Belluschi, Falcao - Hulk deslocou-se para o centro do ataque - e Varela. Mesmo tendo realizado uma primeira parte de bom nível (sem deixar a equipa de Carlo Ancelotti aproximar-se em demasia da baliza de Helton), a verdade é que depois do golo de Anelka faltou a criatividade e o poder de fogo dados por Varela e Falcao. Deixar ambos no banco foi, quanto a mim, uma má opção do técnico portista até porque está mais do que provado que Hulk tem um rendimento bem melhor jogando numa das alas. Após a entrada de ambos, a equipa melhorou e aproximou-se do golo. Sintomático.

Ontem, foi a vez de Sporting, Benfica e Nacional iniciarem a sua fase de grupos na Liga Europa. Com resultados esperados, diga-se. O Sporting foi o primeiro dos lusos a experimentar esta nova competição europeia e fê-lo em Heerenveen, na Holanda, com uma vitória suada por 3-2. De qualquer das formas, tratou-se de um sofrimento desnecessário porque os leões tiverem sempre maior ascendente e desperdiçaram imensas oportunidades para marcar. Foi necessário um super-Liedson, autor de um hat-trick, para... resolver, pois claro. No outro jogo do grupo, entre Ventspils e Hertha de Berlim, houve empate e, portanto, o Sporting lidera de forma isolada.

Depois disso, foi a vez de o Benfica assumir o favoritismo do seu grupo e vencer, de forma confortável mas sem a espectacularidade evidenciada em muitos destes jogos iniciais, o BATE Borisov que, apesar de campeão bielorrusso, demonstrou ser um equipa frágil. Serviu, também, para Jorge Jesus lançar Filipe Menezes, na vez de Aimar, Júlio César, no lugar de Quim, e trocar Saviola por Nuno Gomes (autor do primeiro golo, o outro foi obra de Cardozo). Os encarnados contam, assim, com os mesmos pontos do Everton que bateu o AEK por 4-0. Diferente foi a sorte do Nacional da Madeira que, mesmo se tendo batido bem, foi derrotado, na Choupana, pelo poderoso Werder Bremen. A equipa de Manuel Machado chegou a ter uma desvantagem de dois golos, conseguiu anulá-la mas, já perto do final, Pizarro deu a vitória aos alemães que somam os mesmos pontos do Athletic Bilbao - venceu, por 3-0, o Áustria de Viena.

Árbitros de baliza, para terminar. Foram introduzidos, nesta temporada, na fase de grupos da Liga Europa e visam uma diminuição dos erros arbitrais. Será uma medida para seguir com atenção mas, na minha opinião, pode ser uma faca de dois gumes porque se tratam de mais duas visões que, talvez, ainda contribuam para uma maior polémica. No entanto, ontem, no jogo do Sporting, houve um primeiro teste: um corte de Caneira, em cima da linha, deixou dúvidas mas a equipa de arbitragem mandou jogar. Esteve bem. Mas não existiriam soluções melhores e com menor percentagem de erro? Acho que sim, leitor.

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