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sexta-feira, 11 de setembro de 2009
As voltas da bola: A esperança para o Mundial


Para começar, leitor, coloco-lhe uma questão que certamente já a fez a si próprio: poderá a Selecção nacional ainda ambicionar estar presente no Mundial 2010? Numa resposta curta: sim. É certo que não será tarefa nada fácil mas não impossível - nem as há no futebol, tão pouco. Claro que, para chegar ao playoff de acesso (esse é o objectivo pois o primeiro lugar, o único com entrada directa, está a cinco pontos e faltam disputar seis), não chega que Portugal vença os seus jogos com a Hungria e com Malta, é também necessário que a Suécia perca. Mesmo tendo valor, os suecos não são, nem de perto nem de longe, uma equipa superior à portuguesa. Mas têm a tal estrelinha da sorte de que tanto se falta. E isso é meio caminho andando, de facto... Seja como for, os portugueses poderão ter muito a ganhar no próximo embate da Escandinávia.

Portugal teve, nesta dupla-jornada com Dinamarca e Hungria, dois jogos absolutamente diferentes. No primeiro, conseguiu uma boa exibição, criou lances de perigo para a baliza dinamarquesa e rematou imensas vezes. Foram trinta e cinco, para ser preciso. Trata-se realmente de um número bem elevado mas... golos apenas fez um. Marcado por Liedson - já falaremos dele! - a apenas quatro minutos dos noventa, numa altura em que o adeus ao Mundial era cada vez mais um dado consumado. Em Budapeste, o contrário: mau jogo, poucos remates, um golo e uma vitória. Com eficácia e pragmatismo, acima de tudo, mas importantíssima para o futuro. O futebol é mesmo isto.

Olhemos, agora, para os marcadores dos dois golos da Selecção: Liedson e Pepe. Dois naturalizados, portanto. E se acrescentar que o passe para o golo da vitória sobre os húngaros foi feito por Deco, está completo o lote de luso-brasileiros que militam na Selecção portuguesa. Em relação ao avançado do Sporting, que melhor prova de utilidade poderia dar? Penso que seria difícil pedir mais, leitor. Pretendo, com isto, voltar à questão dos naturalizações. Claro que preferia uma Selecção de Portugal apenas com jogadores portugueses, uma Selecção de Espanha com jogadores espanhóis... Porém, no caso português, houve a necessidade de chamar Deco. Depois Pepe. Agora Liedson. Não é minha ideia incentivar naturalizações em massa mas, convenhamos, todos estes três são importantes na Selecção. Para que consigamos estar no Mundial.

O futuro, a renovação da equipa, o trabalho de formação que terá de começar pela base deverá ser pensado após este objectivo estar alcançado. É proibitivo que, numa fase delicada como esta, se pense em fazer as duas coisas em simultâneo. Portugal quer (e tem obrigação de o fazer!) estar no Mundial da África do Sul. Por isso, devido à falta de golos e às complicações, foi chamado Liedson. Obviamente que contrasta com a política de Carlos Queiroz, reconhecidamente um bom formador de jogadores mas é uma solução de momento para colmatar as necessidades portuguesas. Termino tal como comecei. Com uma questão: caso Portugal não estivesse em apuros, faria sentido chamar Liedson?

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