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domingo, 27 de setembro de 2009
As voltas da bola: Voo de Falcao, vitória azul


Jogou-se, ontem, o primeiro clássico da temporada. No Dragão, o FC Porto venceu o Sporting graças a um excelente golo de Falcao. Há, então, uma divisão que importa fazer. Os portistas tiveram, até um pouco depois dos quinze minutos iniciais, futebol puramente ofensivo, carregados por um Hulk transformado num autêntico diabo que deixou Grimi e Polga com os cabelos em pé - muito bem Jesualdo Ferreira ao colocar o incrível na direita do ataque. É verdade que houve o tal golo de Falcao e poderiam ter havido, pelo menos, mais dois caso Rui Patrício não se tivessem aplicado. A partida dessa fase, porém, a partida ficou mais equilibrada: o Sporting aproveitou, foi criando mais perigo para Helton, e o FC Porto desacelerou.

Um pormenor extraordinário de Matías Fernandéz, aos vinte minutos, que apenas Helton travou, foi o primeiro sinal de mudança no jogo e um maior equilíbrio porque antes, o dragão poderia ter, sem qualquer exagero, resolvido a partida. Seria cedo de mais, fizeram questão de mostrar os sportinguistas. Hélder Postiga, com um remate à trave, colocou os portistas em sobressalto, para depois Bruno Alves responder obrigando Patrício a mais uma excelente defesa. O Sporting teve, já dentro dos cinco minutos finais da primeira etapa, mais duas ocasiões para chegar ao empate: na primeira, Helton defendeu quase em cima da linha e, mais tarde, Vukcevic acertou nas malhas laterais. Por esta altura, ninguém poderia queixar-se de injustiça se os leões tivessem marcado. O intervalo surgiu exactamente no melhor período da equipa de Paulo Bento.

Para a segunda parte, Grimi ficou nos balneários e Pereirinha avançou para o meio-campo, recuando assim Veloso para a lateral esquerda e Moutinho para a posição seis. A ideia era travar o ímpeto de Hulk - o brasileiro nem sempre foi constante, mas mostrou-se, sempre que chamado à acção, verdadeiramente explosivo - e balançar a equipa para ainda poder chegar à vitória. Era legítimo que assim fosse mas as esperanças dos sportinguistas ficaram arruinadas, aos cinquenta e cinco minutos: Anderson Polga - não está bem, de facto! - cometeu grande penalidade, viu o segundo amarelo e deixou o Sporting com menos um jogador, precisamente na altura em que era preciso união.

O resultado não ficou arrumado desde logo porque Patrício, o melhor dos leões, agigantou-se perante Falcao na marcação da penalidade. Poderia ter sido uma machadada final nas aspirações que ainda restavam ao Sporting. No entanto, apesar do falhanço do goleador colombiano, era tarefa impossível que os sportinguistas conseguissem virar o resultado. Nunca viraram a cara à luta, é verdade, e honra lhes seja feita por isso. O FC Porto entrou na tal fase de adormecimento, e entregou-se a uma perigosa forma de gerir uma vitória. Resultou, é verdade, na vitória. Justa? Sim.

PS: Duarte Gomes, sabia-se, estava condicionado por tudo aquilo que dele foi dito. O árbitro não foi o responsável pela derrota leonina mas demonstrou dualidade de critérios - errou no primeiro amarelo a Veloso, depois bem expulso já no final, e, segundo o tal critério, poupou Meireles ao segundo amarelo. Paulo Bento explodiu. O rastilho estava lançado desde que o nome do árbitro foi conhecido. Ou, se preferir, desde o hara-kiri de Vítor Pereira.

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