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domingo, 11 de outubro de 2009
As voltas da bola: Portugal entre extremos


Num momento, Portugal esteve arredado e só com uma conjugação de resultados muito favóraveis conseguiria alcançar a presença no Mundial 2010. Seriam poucos aqueles que ainda acreditavam, não na qualificação directa mas até no próprio segundo lugar que permite disputar um
playoff de acesso. Ou seja, pensou que nem directa nem secundariamente, Portugal lá iria. No entanto, ontem, tudo mudou: a Suécia, que tanta sorte havia tido em partidas anteriores, foi derrotada na Dinamarca. Era o tónico que Portugal necessitava porque, em caso de vitória sobre a Hungria, saltava para o segundo lugar do agrupamento. Os dinamarqueses apuraram-se, os portugueses têm agora boas perspectivas.

Frente aos húngaros, na Luz, interessava chegar o mais rapidamente possível ao golo para quebrar a ansiedade e furar a pressão que se poderia instalar, caso o resultado não tivesse meio de ser desbloqueado - Erwin Koeman, seleccionador da Hungria, foi o primeiro a garantir que importava defender bem e aguentar o nulo. A noite começou com um susto, é verdade, mas Simão Sabrosa, na primeira ocasião que Portugal teve para marcar, deu asas à esperança de todos nós. Mesmo não jogando bem, a Selecção nacional é claramente superior aos húngaros e teve sempre o domínio do encontro. Só em cima do intervalo, por duas ocasiões, a Hungria esteve perto do golo.
Uff, que calafrios!

A tranquilidade chegaria a um quarto de hora do final. Para uma equipa que precisa de vencer, Liedson não poderia ter marcado em melhor altura porque a vantagem tangencial é sempre inquientante: um golo da Hungria, mesmo que caído do céu aos trambolhões, poderia ter deitado tudo a perder. Foi um suspiro de alívio, bem demorado. Que argumentos teriam agora os húngaros para marcar? Quase nenhuns, porque, como se viu, demonstraram debilidades técnicas e poucos recursos para fazer melhor. Agora, sim, a vitória estava alcançada. Simão Sabrosa, o melhor jogador de Portugal, cinco minutos depois, fez um golo extraordinário que completou uma noite em que tudo bateu certo.

A nossa Selecção tem, agora, boas condições para estar no playoff de acesso ao Mundial 2010, porque apenas necessita de vencer, na quarta-feira, Malta. Convenhamos: para uma equipa que conseguiu recolocar-se em posição, seria demasiadamente penoso não ultrapassar uma Selecção tão frágil quanto é a maltesa. No entanto, trata-se, e é bom que se sublinhe, de um apuramento para um playoff e não uma entrada garantida na África do Sul. Mesmo que venha a conseguir chegar à fase final do Mundial 2010, o desejo de todos nós, nada poderá apagar a forma como foi alcançado. Portugal tinha uma clara obrigação de ser primeiro do seu grupo. Mas, futebol é isto mesmo!...

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