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terça-feira, 11 de dezembro de 2007
Crónica do Peão: Lindos, mas vazios...
Estádio da Luz, domingo às 20.45 h, Benfica – Académica – 12.000 espectadores (jornal O JOGO); 10.000 espectadores (jornal A BOLA). Pode um jogo de futebol disputar-se a um Domingo às 20.45 horas?
Num estádio com capacidade para 65 mil pessoas, com menos de 45 mil, a Luz torna-se um local confrangedor, um monstro de cimento, frio e vazio. O contrário do que foi e deve ser sempre o Estádio da Luz: um Inferno.
Depois do jogo com o FC do Porto, de triste memória, ouvi diversos comentários de benfiquistas e não benfiquistas, com um denominador comum: a Luz não mais vai encher até final da época.
Permito-me discordar. Se a equipa conseguir ultrapassar as próximas duas eliminatórias da Taça UEFA, estou certo que a Luz voltará a encher para os quartos-de-final e, assim o espero, para as meias-finais.
Porém, há que garantir uma afluência média constante, acima das 50 mil pessoas, ao longo de toda a época. Tal objectivo traz vantagens não só financeiras como competitivas. Não é a mesma coisa jogar num estádio quase vazio ou numa Luz fervilhante e infernal. A força anímica que injecta nos nossos jogadores é proporcional ao temor que provoca nos nossos adversários.
O que fazer? Desde logo, terminar com a ditadura das televisões, chamem-se elas Sport TV, SIC, TVI ou RTP. Ninguém convence famílias a irem ao estádio com jogos ao domingo à noite.
Depois, praticar preços competitivos – um assunto que devia merecer a atenção da direcção da Liga de Clubes, agora que está preocupada com a situação financeira dos clubes.
Pergunto-me: que receita terá feito o Benfica (bilheteira + “cachet” televisivo)? Essa verba não seria superior se o jogo tivesse sido no domingo à tarde, sem transmissão televisiva, e com, provavelmente, 50 mil nas bancadas?
Eu sei que esta é uma velha questão. Mas, apesar de velha, está longe de estar resolvida. Não aprendemos com os erros e, pior, nem sabemos copiar o que de bem feito se faz lá fora, principalmente em Inglaterra. Assim, continuaremos a caminhar alegremente para o abismo. Lembrem-se dos estádios de Leiria, de Aveiro, de Coimbra e do Bessa. Lindos, mas vazios…

Pedro Fonseca
Editor do blogue “O INFERNO DA LUZ”
http://oinfernodaluz.blogspot.com/

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