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segunda-feira, 31 de março de 2008
CAUSAS E CONSEQUÊNCIAS - Repensar a distribuição de pontos em contenda - apelo ao futebol ofensivo.
Ao longo dos tempos o futebol e as suas regras têm evoluído ao sabor de diversas marés. No princípio havia muitos golos. E foi inventada a regra do fora-de-jogo que foi sendo sucessivamente adaptada e modificada. Dela se espera que condicione as estratégias adversárias, impedido, por exemplo, que uma equipa se transforme num manancial de jogadores corpulentos de dois metros plantados na área adversária esperando bolas longas bombeadas. O fora-de-jogo, por assim dizer, promove o futebol tecnicista e a construção de jogadas vindas de trás.

Outra das grandes inovações para contrariar o anti-futebol foi a introdução de 3 pontos por vitória causando um desequilíbrio notório entre o valor dos empates e o daqueles que procuram insistentemente um golo que faça a diferença no final. No entanto, a notar pela experiência portuguesa, tal ainda não é suficiente.

O número de golos médio do nosso campeonato tem vindo a decrescer tendencialmente. Há pequenas excepções, mas a tendência é de descida. E o número de empates este ano aumentou exponencialmente. Equipas como Boavista, Setúbal, Benfica e Leixões contam por empates praticamente metade dos jogos realizados.

Uma medida que poderia trazer um maior incentivo e ajudar a equilibrar as contas, sem nunca valorizar o nulo, seria a simples regra de atribuir um ponto extra à equipa marcadora do último golo, num empate.

Desta forma, um empate a 0-0, seria penalizador. Não tanto como uma derrota (afinal nenhuma equipa sofreu golos, logo não merece 0 pontos), mas também não marcou. Ficaria tudo igual.

No entanto, aquela equipa que lutou sempre, que almejou sempre a baliza contrária até final, seria premiada com 1 ponto extra.

Isto traria vantagens à cabeça: a primeira sendo que a equipa que estivesse a perder, procuraria a todo o custo o empate, visto este poder-lhe valer não apenas 1, mas 2 pontos. Mais, a equipa que já está em vantagem, quererá manter-se ao ataque de forma a evitar um empate que dará mais pontos à sua adversária que a si própria. Desta forma as duas equipas, quer a perdedora, quer a vencedora, são obrigadas a atacar, não ficando nenhuma delas remetida à sua defesa.

No caso de a contenda estar empatada, a equipa que marcou primeiro quererá sempre marcar mais, não só para chegar à vitória, como para impedir que o seu adversário ganhe dois pontos em lugar de um. A equipa que marcou em segundo, tem a aliciante que se continuar a procurar o golo, continuará sempre à procura de mais um ponto.

A meu ver, portanto, esta seria uma medida que estimularia todas as equipas, na esmagadora maioria das situações, a procurarem um futebol atacante, e tradicionalmente mais emotivo e atractivo para o público. As que se remeterem à sua defesa correm muito mais riscos de ver as suas adversárias ganharem pontos do que os que correm com as regras actuais.

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