Os primeiros embates do Euro 2008 confirmaram algumas expectativas. Os favoritos ganharam todos, mas, houve espaço para algumas surpresas - nomeadamente nas tácticas. É bem verdade que Portugal teve energia para dar e vender, assim como a Alemanha. E desperdiçaram a bom desperdiçar ou os resultados poderiam ser mais desnivelados.
Já nos outros dois confrontos, os das cinco da tarde, as coisas acabaram por dar certo, por trilhos errados. Suiça e Áustria os anfitriões e selecções mais fracas, afinal acabaram sempre os jogos na mó de cima. Porfiaram e poderiam ter colhido. Aliás, deveriam ter colhido. Mas este euro mostrou como até as selecções teoricamente mais fortes como a República Checa e a Croácia souberam ser humildes e resignarem-se a um papel passivo e submisso de defender bem e contra-atacar no momento certo. Saber ser venenoso é uma arte.
Portugal, frente a selecções de menor valia já mostrou que sabe ser bom de bola e massacrante. Resta saber se Portugal, quando for necessário, também saberá ser submisso e venenoso. É a faceta que ainda não lhe conhecemos - mas que para ganhar uma prova desta dimensão se pode vir a tornar necessária.