A selecção de todos nós está já na Suiça para dar início à contenda de sonho, ou pesadelo, que se avizinha. O problema é que vai sempre pender para um extremo. Após umas brilhantes cavalgadas de 3º lugar no Euro2000, 2º no Euro2004, 4º no Mundial2006, com a derrocada no Mundial2002, ninguém sabe muito bem o que esperar.
Se atentarmos aos jogos de qualificação, espera-se os serviços mínimos. A qualificação foi garantida à tangente, no último jogo, com segundo lugar, sem brilhantismo, mas: foi conseguida!
A questão é mesmo: o que é um serviço mínimo para este Europeu? Depois de tudo o que passámos e mostrámos, e tendo os grupos que temos, qualquer derrota sem ser com a Alemanha saberá a pouco. E ninguém nos convença do contrário. Chegar à final será encarado com "normalidade", perdê-la será um mar de lágrimas seja com quem for, e um trauma muito grande. Ficaríamos às portas do "quase" uma vez mais.
Perder com a Alemanha nos quartos-de-final ou Meias-finais poderá dar azo a resignação. Com direito também a especulação que a selecção nunca sabe superar-se com adversários de gabarito. Tem sido assim com Itália, França, Alemanha e até Grécia. Pedras no sapato é o que é...
Ficar de fora na primeira fase será horrível. Será comparável a 2002. Haverão com certeza imensos bodes expiatórios, profundas remodelações e reflexões a fazer, seleccionador demitido, jogadores apupados e apelidados de vedetas que não sabem dar o litro.
Por isso, só há uma solução: para Portugal, na fase em que estamos, os serviços mínimos que garantam alguma satisfação parece que só mesmo trazendo a taça. Nem que seja nas grandes penalidades!...