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sábado, 14 de março de 2009
Premier League, Jornada 29
Estimados Mestres do Futebol,

Na semana que viu a hegemonia de Rafa Benitez vir ao de cima na Champions League, também na Premier League o espanhol deu cartas ao destroçar os sonhos no teatro de Manchester. Real Madrid primeiro encaixou 4 golos sem resposta e agora foi o Manchester United que perdeu a invencibilidade em casa e a hipótese de bater o record de 13 jogos com vitórias consecutivas do Arsenal. Sem dúvida a melhor semana desportiva de sempre para o treinador madrileno, sem descurar os títulos na La Liga e Taça Uefa ao leme do Valência e a já F.A. Cup, Champions League e Supertaça Europeia ao serviço do Liverpool.

Manchester United conserva uma vantagem de 4 pontos sobre o Liverpool e aguarda-se a potencialidade de o Chelsea igualar esta distância caso vença o Manchester City no domingo às 13:30.

Faltam 10 jogos ao United para terminar o campeonato, sendo que tem um jogo em atraso, verificando-se assim que teria de perder pontos em 3 partidas dessas 10 restantes para que Liverpool e Chelsea pudessem desafiar de forma realista o título britânico.
Esta época, estatisticamente, o Man Utd somente largou pontos em 8 das 28 partidas jogadas.

Não se perspectiva o Manchester United a vacilar à medida que se aproxima a saída, sempre adiada época após época, de Alex Fersuson, sendo que Mourinho perfila-se como um apetecido substituto para o cargo de treinador dos Red Devils num futuro claro.

A actual equipa, treinada por Paulo Sousa, o QPR, foi a única que conseguiu encetar uma derrota tão pesada ao Man Utd no distante ano de 1992. Tempos antigos, tempos mais recentes e foi o Liverpool que voltou a desmanchar a invencibilidade caseira do United.

Liverpool jogou claramente de forma directa, colocando de lado o jogo mais continental e imprimindo uma maior velocidade ao jogo, sendo que o United jogou sempre de forma mais lenta e foi um espelho do que fez frente ao Inter defendendo muito atrás da linha de meio campo, e até Ronaldo e Rooney tiveram aquém do seu potencial e concreto, jogando em posições mais atrasadas. Não passando muito por um declínio físico, este Manchester tem actuado a um nível elevado excepcional e estatisticamente guiado pela arte do internacional português Ronaldo, que entre penalties e outros lances vai dispondo dos golos que tanto busca para manter o elevado nível que potenciou nas relvas dos estádios europeus na época transacta. Quando Ronaldo se apaga, o Manchester acaba por eclipsar-se e perde inclusive uma componente táctica, dado que o actual melhor jogador do Mundo FIFA acciona os mecanismos de velocidade e optimização do tempo de jogo dos Red Devils.

Do outro lado, Steven Gerrard, considerado por muitos entre eles Zidane e Maradona, como o melhor jogador do mundo e mais completo, vai ganhando pontos e conquistando um lugar, para muitos, merecido face à globalização do seu jogo. Sendo que Ronaldo como extremo conseguiu fazer o que poucos avançados conseguiram, também Gerrard ( na mesma óptica de Lampard ) maximizou o seu potencial subindo de Trinco a número 10 e qualificando-se em múltiplas características, desde a destruição de jogo até à construção do mesmo.

Em analogia desportiva e buscando o ténis, o Liverpool venceu porque aproveitou os erros forçados do Manchester United e não sofreu da pressão de estar em desvantagem em terreno alheio e buscou forças à adversidade com o valorizar de um jogo de equipa em que acabam por despontar as individualidades após o grupo desfrutar do domínio, falando de Torres, Gerrard, Reina, Aurélio…

O Liverpool joga muito no último terço de terreno do adversário após mecanismo rápido de desenvolvimento de ataque já mencionado, destruição e construção imediata, contando para isto com Mascherano e Lucas, essencialmente, que fazem com que seja possível capitalizar as criações de oportunidades dos mesmos na linha avançada com as colocações de jogadores como Torres, Babel, Kuyt e variadas vezes Gerrard e Riera.

Na mesma medida que o Liverpool construído por Rafa Benitez jogou na proporção da criação de erros ao Manchester United, também os Beatles já por si só nesta época, caso tivessem o plantel munido das armas que o Man Utd e Chelsea possuem, estaria ainda ao leme da Premier League. Luxos que quando não ostentados pagam-se caro. Assim é o caso do Liverpool que derrotou esta temporada claramente os Blues e Red Devils conquistando também pontos ao Arsenal, porém foi em casa que o Liverpool vacilou e perdeu a sua liderança após empates com o Fulham, Hull City, Everton, Stoke City,West Ham United e o pseudo-poderoso Manchester City.


Gerrard melhor jogador em campo assim como sucedeu frente ao Real Madrid seguido de perto pela fantástica exibição de Torres e não esquecendo uma menção de louvor a Rooney e O’Shea que também estiveram bem independentemente da pesada derrota.

Arsenal 4 - 0 Blackburn ( Arshavin 1 Golo + 2 Assistências )
Bolton 1 - 3 Fulham
Everton 3 - 1 Stoke City
Hull City 1 - 1 Newcastle
Man Utd 1 - 4 Liverpool
Middlesbrough 1 - 1 Portsmouth
Sunderland 1 - 2 Wigan Athletic


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José Mourinho após a derrota em Old Trafford tem sido alvo de uma especulação tremenda que potenciava a sua saída do comando técnico dos Nerazzurri, ainda assim, é Moratti que interpela essas fontes e lança o repto da próxima temporada já em avanço ao disponibilizar €100 milhões para massificar de grande potencia o Internazionale na mesma medida que recebe dividendos de alguns dos seus melhores jogadores que não fazem parte dos planos do treinador português.

Mancini, Suazo, Quaresma, Vieira, Materazzi, Figo, Crespo, Cambiasso e Julio Cruz parecem ter destinos traçados e Inglaterra parece ser o destino da maioria, enquanto que no sentido inverso parecem estar jogadores provenientes da Premier League entre os mais falados Drogba, Mikel, Vidic, Ribery, Jenas, Diaby, Lampard.

Mourinho é um adepto do jogo de teor mais agressivo e célere sendo que estas potenciais aquisições vão de encontro ao que o “Special One” pretende para implementar o seu jogo táctico.

Vislumbrando pela vertente esquematizada, Ribery e Jenas poderão dar um maior fulgor às alas do Inter com apoios de Maicon, Córdoba e/ou Maxwell. Drogba poderá enriquecer a vertente ofensiva libertando Zlatan para uma componente mais criativa. Mikel e Diaby poderão juntar-se a Muntari e caracterizar-se os tanques presentes no meio campo destruindo o jogo na perspectiva de sombra linha de passe, óptica das incursões individuais. Vidic iria mistificar a saída de Materazzi com a sua reconhecida agressividade colocando em sentido as linhas ofensivas adversárias. Lampard poderia ser o elemento indiscutível na transição de jogo, dado que o Inter parece faltar uma voz de comando mais influente dentro das quatro linhas.

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